Resposta da Chapa 2 para ASSUFBA-Sindicato


Porto Seguro e Itabuna, 04 de fevereiro de 2022

Prezadas/es/os Colegas da ASSUFBA-Sindicato,

  

Em atenção ao documento “Princípios norteadores e reivindicações dos Técnico-Administrativos em Educação da UFSB para o processo de consulta à Reitoria”, a chapa Democracia e Participação vem reiterar o seu compromisso com a autonomia universitária, com a Educação pública, gratuita e de qualidade, assim como em defender a nossa Universidade e sua comunidade de ameaças de sucateamento e desvalorização da Educação enquanto pilar central para promoção da cidadania, da redução das desigualdades históricas, bem-estar, diversidade e desenvolvimento integral do Brasil.

 

Desse modo, sentimos-nos muito bem representadas/es/os e em acordo pleno aos princípios norteadores apresentados pelos servidoras/es técnico-administrativas/os em educação (TAE) da UFSB, por meio de seu sindicato.  Desde o compromisso com o combate permanente aos assédios, ao racismo, à LGBTQIA+fobia e ao machismo no ambiente de trabalho, passando pela necessidade de mais acolhimento, cuidado, saúde e qualidade de vida na lida laboral até o compromisso com os processos de desenvolvimento e capacitação qualificados.

 

Consideramos as reivindicações apresentadas legítimas e coerentes com a defesa de uma universidade pública e popular e reforçamos aqui nosso compromisso com o diálogo permanente para a concretização de tais demandas. Sem proselitismos e hipocrisias, compreendemos e respeitamos a participação diversa e o papel fundamental das/os TAEs no cotidiano universitário junto com os servidoras/es docentes, discentes e terceirizadas/os. Buscaremos sempre as soluções possíveis para que as trajetórias das/os trabalhadoras/es em educação sejam baseadas na confiança, na afetividade e na alegria de fazer parte da comunidade da UFSB.

 

Verificamos durante o processo de escuta que tivemos nos campi e na Reitoria, o quanto existe um clima de medo, desconfiança e constrangimentos nas relações interpessoais hierárquicas na instituição e que, no mais das vezes, foram atreladas à falta de diálogo, a pouca valorização da atuação dos TAEs, falta de políticas básicas que iniba os assédios, falta de isonomia em processos de licença e afastamentos, entre outros. O nosso compromisso é com as pessoas. Sem as pessoas não existe Universidade. Sem a sociedade interna e externa, corremos o risco de nos transformarmos num grande “elefante branco” sem significado para os territórios. E só poderemos consolidar uma instituição forte se tivermos harmonia e alegria no nosso cotidiano de trabalho, de estudo, de pesquisa, de extensão e de cultura.

 

Nossa plataforma de proposições para as/os TAEs (clique aqui) em muitos pontos contempla as reivindicações apresentadas pela ASSUFBA, o que demonstra nossa sinergia para o projeto de universidade que queremos construir. Destacamos aqui o nosso compromisso com o pleito de correções salariais, bem como temos posicionamento firme contra as políticas que não tem a educação como prioridade, como a recente reforma administrativa discutida no Congresso Nacional, o famigerado programa “Future-se”, e o absurdo “teto de gastos”, que continua sucateando as universidades no Brasil.

 

Respeitaremos sempre às instâncias políticas autônomas como as Assembleias, Sindicatos e comissões próprias como a Comissão Interna de Supervisão da Carreira TAE (CIS), dando o suporte institucional necessário para seu pleno funcionamento. Gostaríamos de reafirmar nosso respeito às equipes de trabalho dos campi, reitoria e pró-reitorias na construção e sustentação do cotidiano administrativo/acadêmico. Temos como princípio a probidade e continuidade administrativa. Não inventaremos a roda, desfazendo o que já foi construído até aqui. As equipes serão escutadas e valorizadas nas escolhas de permanência ou mudança de cargos, com especial atenção às/aos trabalhadoras/es TAEs, que ao longo dos últimos anos têm acumulado experiências, habilidades e competências para assumir coordenadorias, diretorias, pró-reitorias e assessorias. Visamos o bem institucional e não a prática de favorecimentos particulares no uso da máquina pública. A universidade não é de Marcos e Ita nem da gestora ou do gestor atual, a universidade é da sociedade e o nosso compromisso maior é para com ela.

 

Parabenizamos a ASSUFBA/Sindicato e sua coordenação local pelo excelente documento apresentado e, caso seja da vontade da comunidade universitária nesse pleito, nos comprometemos ao diálogo visando solucionar, na medida das possibilidades institucionais, as demandas desta categoria. Nosso canal está aberto para que possamos debater com mais profundidade as reivindicações, caso seja oportuno para este sindicato.