SAÚDE NA UFSB, SAÚDE DA UFSB
O
presente texto pretende justificar o apoio de docentes e
discentes do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde) à Chapa 2 –
Democracia e Participação na eleição para a Reitoria da UFSB.
O Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde da Família (PROFSAÚDE) tem por objetivo debater a formação para saúde no contexto da Atenção Primária, enquanto campo de prática de profissionais de saúde humanizados para atuar na Estratégia de Saúde da Família. O debate atual em torno da formação em saúde aponta como desafio alinhar os processos de formação ao fortalecimento dos sistemas de saúde. As necessidades de saúde se apresentam cada vez mais dinâmicas e complexas, especialmente em função da crise sanitária que o Brasil está vivendo, com a pandemia da Covid-19 e, também, em função das transformações dos perfis demográficos, epidemiológicos, que impactam na dinâmica de vida e saúde das populações, especialmente as mais vulneráveis - indígenas, quilombolas, ribeirinhos, pessoas em situação de rua, refugiados, ciganos, moradores de favela e periferia, aqueles que vivem com HIV/Aids, trabalhadores informais e outros grupos que têm em comum estarem à margem da sociedade brasileira, o que os torna ainda mais vulneráveis diante do quadro de crise sanitária, econômica, política e social no país. Esses cenários de catástrofe sanitária favorecem, entre outras implicações, o surgimento de novos riscos à saúde que impõem importantes desafios à formação em saúde e, também, ao trabalho interprofissional.
A complexidade dessas necessidades aponta para a urgência de fortalecer a formação nos diversos cenários de prática, aperfeiçoando o efetivo trabalho em equipe e melhorando a qualidade da atenção e do cuidado às populações dos territórios. 2 A parceria da UFSB com o PROFSAÚDE Nacional teve início em 2017, com a primeira turma de médicos oriundos dos mais diversos municípios do estado da Bahia. Desde então, o Programa vinha recebendo apoio dos Decanatos do CSC e CJA, nas pessoas dos professores Marcos Bernardes e Ita de Oliveira. Durante o tempo em que estiveram à frente dos Decanatos, apoiaram integralmente todas as ações de docentes e discentes no Programa, no auxílio à organização de eventos, a exemplo dos I, II e III Simpósios de Saúde Coletiva, no apoio fundamental à infraestrutura, com salas de aula, internet e secretaria, para os Encontros Presenciais e, mais recentemente no apoio à realização do projeto multicêntrico Prevenção e controle do COVID-19: Estudo Multicêntrico sobre a percepção e práticas no cotidiano das orientações médico-científicas pela população dos territórios de abrangência da Atenção Primária à Saúde, que conta com seis estudantes da Turma 3 e todos os docentes do Programa.(https://ufsb.edu.br/ultimas-noticias/2776-pesquisadores-da-ufsbparticipam-de-projeto-multicentrico-nacional-sobre-percepcao-e-controle-do-covid-19).
Os professores Marcos Bernardes e Ita de Oliveira têm todo o apoio de docentes e discentes do PROFSAÚDE da UFSB porque ambos apoiaram desde o início as atividades do Programa na Universidade e entendem que o Mestrado representa uma estratégia de reorientação do modelo assistencial, como resposta à uma nova concepção de formação e assistência universal e equânime, que tem como base o “modelo de formação em regime de ciclos + estratégias de ensino-aprendizagem ativas + arquitetura curricular flexível”. Este modelo se insere, portanto, no esforço de construção de uma prática assistencial em saúde pautada pelo cuidado humanizado e interprofissional. Tal desafio na formação vai ao encontro com a concepção do Sociólogo Boaventura de Sousa Santos, ao referir que a relação entre o conhecimento e a sociedade vem passando por um processo de transformação nas últimas décadas, do modelo universitário disciplinar, homogêneo e organizacionalmente hierárquico, contestado por um modelo pluriversitário, na perspectiva da educação intercultural crítica, ou seja, relações que se estabelecem entre educação e culturas. Este modelo é entendido como o conhecimento aplicado e contextualizado de forma transdisciplinar e dialógica para além das fronteiras da universidade, onde pesquisadores e utilizadores de outros tipos de conhecimento possam partilhar mutuamente. Pelo exposto, reiteramos nosso apoio incondicional à Chapa 2.
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